terça-feira, 16 de agosto de 2011

Nas telonas: Super 8


Gosto por ficções científicas? -Check.
Vício por cinema? -Check.
Acha que a Dakota Fenning é uma atriz que não devia crescer? -Check.
Mania de acreditar em conspirações governamentais? -Check.
Fã de carteirinha do Spielberg? -Muito check!
Só viu o trailer do filme? Totally check.

Desarmada de informações e motivada pela tietagem por Steven Spielberg fui ao cinema conferir Super 8 com a melhor das intenções. Saí 2h depois procurando uma aventura perigosa com a qual pudesse me ocupar e que se concretizaria, no máximo, no caminho escuro e tenebroso do ponto de ônibus até a minha casa.

Super 8 se passa no final da década de 70 e tem como protagonistas seis garotos que testemunham a dramática colisão noturna de uma caminhonete com um trem de carga enquanto tentam gravar um curta sobre zumbis. Diversas ligações os levam a crer que a batida não foi um acidente, enquanto o exército tenta encobrir a verdade revelada no filme da câmera: a existência de outras formas de vida (para não dizer alienígenas, já que soa meio feijão com arroz).

Vou deixar o filme como dica aqui no blog porque o Spielberg é o dono do Rosebud original, então tem tudo a ver.

Mentira... E verdade.

Sinceramente a dica é porque o longa pode causar em vocês o mesmo efeito que causou em mim, um agradecimento pós-créditos. Super 8 é visivelmente uma produção cinéfila, um filme apaixonado por cinema e, claro, pelo produtor do próprio: Steven Spielberg. É praticamente uma homenagem.


Com momentos que lembram grandes clássicos de outras décadas como E.T., Os Goonies, Contatos Imediatos de Terceiro Grau, e Conta Comigo (de Rob Reiner), o longa é uma montagem do que já foi feito de bom, só que de forma renovada. Eu, particularmente, acho mesmo que há muito tempo não produzem um filme tão bom com crianças e a atuação dos atores mirins é de deixar qualquer adulto comendo poeira. Foco na pequena Elle Fanning, a irmã mais nova da atriz Dakota Fenning e que, graças, ainda não cresceu!

Super 8 me fez ter vontade de voltar àquela época da infância que a gente não mede o perigo simplesmente porque não o consegue ver da forma que realmente é, e age como se tudo –por mais sério que seja- não passasse de brincadeira. O filme singra do drama para a ficção, para a comédia e para um amolecedor-de-corações romance infantil. E com tantos gêneros eu prefiro simplesmente classificá-lo como “nostálgico”, como muitas futuras produções poderiam ser: Releituras novas de grandes épocas do cinema.

Acredito que o diretor J.J. Abrams conseguiu não estragar a surpresa e, com três anos de segredos sobre o longa, alcançou a proposta de despreparar o espectador para que ele pudesse se divertir mais ao ir ao cinema desarmado de muitas informações. Eu não só aprovo como vou tentar adotar mais isso, essa permissão maior do filme poder alcançar quem o vê. Vale a pena.

Como cantaria Cyndi Lauper: It’s good enogh for me... yeah, yeah, yeah hooo.