segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Os bons filmes ao cinema tornam

Ontem fui recuperar o cinema perdido em mim, e o fiz. Peguei um pacote tamanho GG de pipoca, um refrigerante bem gelado e sentei na mesma poltrona de costume: no canto esquerdo, ao lado da passarela, pouco acima da metade das fileiras. Apoiei os óculos 3D na ponta do nariz, acompanhei o apagar de cada luz e respirei fundo, sorrindo por dentro, praticamente me sentindo em casa.

Ao fundo a tela preta exibia alguns dizeres decorados por mim há décadas, mas algo mudou, em vermelho queimado as palavras diferenciaram o que era de costume e o sorriso estava novamente ali, em mim, meio bobo, revivendo uma sessão em família que aconteceu quando meu irmão e eu tínhamos sete anos. Ontem, a tela exibia a frase: “Uma exibição especial em 3D.”

O fundo voltou a ficar completamente escuro, sendo quebrado apenas por um nascer do sol esbanjando amarelo e alaranjado no horizonte. A trilha era “Ciclo sem fim”. Arrepiei. Ao meu lado (depois da passarela) um garoto de uns oito anos em sincronia com a voz do pai cantava a letra que marcou a minha infância com O Rei Leão.

Provavelmente eu poderia acabar esse post aqui e a maioria das pessoas entenderia completamente a sensação que tive ao ver esse clássico da década de 90 sendo novamente exibido nas telonas. Ainda hoje eu poderia recitar fala por fala do filme, cheia orgulho. Aliás, se eu já tivesse filhos poderia ser a mim encaixada ali, na descrição do garoto e o pai, cantando a trilha em uníssono e reunindo duas gerações no gosto por essa animação 2D que ultrapassa as décadas.

Impressionando até a Disney, o relançamento do longa (que foi feito para animar os fãs com a chegada do vídeo em 3D Blu-ray) desbancou o primeiro lugar nas bilheterias nos EUA, com uma arrecadação de US$ 29,3 milhões no último final de semana. Rei Leão marcou tanto uma época que, mesmo passados quase 20 anos, está ainda hoje entre as cinco maiores animações da história em bilheteria. E pelo jeito a Disney pretende converter outros grandes clássicos para o 3D e exibi-los nas grandes telas, imagine agora, depois dos ótimos números.

Eu já fiz minha listinha de grandes animações 2D que espero ver no cinema, tendo Dumbo como zerinho corta todos, já que os vôos e aterrissagens do elefante orelhudo seriam um espetáculo a parte. Na sequência, mas não essencialmente na ordem, espero Pinóquio, Bambi, Aladin, A Bela e a Fera, A Bela Adormecida, Cinderela, Peter Pan, A Dama e o Vagabundo, A Pequena Sereia (que também teria um efeito lindo em 3D) e até os mais novos, mas não pouco velhos, Tarzan e Mulan. A lista é tamanha que até acho que vou fazer uma sessão especial em casa, para me preparar.

Quem topa?

Hakuna Matata!