domingo, 24 de maio de 2009

Um giro pelas telonas.

Bom, aí vão umas dicas, ou umas críticas de alguns filmes que andei assistindo essas semanas e que ainda podem ser “arrebatados” por ai. Bom, como sou contrária a preconceitos cinematográficos antecipo aqui que REALMENTE assisto qualquer tipo de produção, até o filme do Corinthians (e quem me conhece sabe o quanto isso é adverso), “Fiel”, é só tocar a campainha aqui em baixo ou dar uma ligada.

Eu sempre dou uma lida na Set aqui em casa antes de escrever algo porque sempre tem uma curiosidade bacana, hoje não terá. As minhas últimas edições se extraviaram pelo meu quarto e devem aparecer nos próximos dias. Paciência...

Tava dando uma olhada no www.adorocinema.com.br e constatei que eu assisti os três primeiros filmes do ranking Top 10 de 15 a 17/5, então acho que os comentários podem servir para algumas escolhas.

Na primeira posição: Anjos e Demônios

O escritor Dan Brown derrubou o mutante das garras de aço em uma semana. Maior bilheteria do País, Anjos e Demônios segue a mesma linha do Código Da Vinci, mas, na minha opinião, a sequência se saiu melhor que o primogênito (lembrando que, na ordem cronológica literária, Código da Vinci é sequência de Anjos e Demônios, não o contrário).

Li o livro há mais de cinco anos e confesso que não lembrava de todos os detalhes, na verdade não lembrava de quase nada, nem da bomba que destruiria o Vaticano. O que tinha na memória tinha porque li o Best Seller na época em que o Papa João Paulo II faleceu e acompanhei o conclave real nas telinhas e o conclave ficcional de Dan Brown. Imagina uma leitora empolgada tendo algo para alimentar a criatividade, eu estava insuportável.

Para quem nunca leu o livro a história pode dar aquela canseira cerebral que acontece quando se tem milhares de informações ao mesmo tempo, para quem leu, isso também pode acontecer. Infelizmente Ron Howard não poderia mesmo mostrar todos os detalhes de forma lenta, ou o longa, que não é nenhum filminho de 1:30h, duraria 5h.

Nunca fui a favor de Tom Hanks no papel de Robert Langdon, quando li o livro imaginava um galã, não o Forrest Gump –a imagem do Forrest sempre vai ser Tom Hanks para mim-. Acredito que esse tipo de filme, assim como Senhor dos Anéis, Harry Potter, Diário de Bridget Jones precisam ter como protagonistas atores desconhecidos, porque ser protagonista de um “Mais Vendido” vira uma marca para toda a vida e não se é marcado se já se tem uma marca, vira bagunça.

Mas o filme é uma boa pedida, ficou muito melhor que o primeiro -que sinceramente me decepcionou- e vale ser visto pela fotografia do Vaticano, necrópole, Anjos, Demônios, passagens secretas, ligações históricas, ufa. Quase não dá para respirar. E claro, adoro Audrey Tatou (que fez a ‘mocinha’ do primeiro longa, Sophie Neveu) e sua Amèlie Poulain, mas Ayelet Zurer como Vittoria Vetra ficou muito mais semelhante com o que eu imaginava lendo o livro.


Seguindo o fluxo: Wolverine.

Quem acompanhou a história nos quadrinhos da Marvel odiou, quem nunca leu nenhuma delas, gostou, quem gosta de uma aventura e de ver os mutantes no SBT enquanto almoça, vai adorar. Eu gostei da produção, mas achei a história um tanto água com açúcar. Não vou escrever tanto porque conheço até que superficialmente bem a história, comparando-me a leigos, mas se algum fissurado em X-men resolver ler isso eu vou apanhar. Então prefiro não me atrever. Entendo um pouco mais de Homem-Aranha e Homem de Ferro, mas como vem mais produção por aí e pretendemos chegar aos Vingadores, vou me informar melhor.

O que percebi é que a Marvel tentou linkar algumas histórias e se perdeu em outras. Teve uma necessidade de fazer aparecer milhares de mutantes que, se tirados da história, não fariam diferença alguma. Apenas diminuiriam o glamour da trama e o frissón de apaixonados pelo Gambitt, por exemplo, como eu.

Diria então que a Marvel se perdeu um pouco na proposta e inventou histórias desnecessárias, mas entendo a dificuldade de tratar com fãs, deve ser complicado agradar a todos tendo limites na produção, nem todo mundo entende.


Terceiro colocado: Divã.

É diversão garantida. Estava saindo do cinema e encontrei um casal de amigos que comentou: “Nossa, então era a sua risada que a gente estava ouvindo.” E eu juro que minha risada é tímida, só de vez em quando ela resolve dar o ar da graça. Mas o pior foi depois, que a guria falou “É o típico filme coroa solteirona” e eu me senti, por um momento, constrangida e “coroamente solteirona”, mas o momento passou.

Preciso ressaltar que Lília Cabral é uma atriz e tanto e conseguiu me prender em todos os momentos do filme. Zé Mayer no papel do marido típico também caiu como uma luva, pelo menos para mim, que não li o livro. Queria ter lido.

Acredito que as mulheres vão não só entender e se identificar, mas curtir muito mais o filme que os homens. Mas eu declaro que havia um homem nos acompanhando ao cinema e ele se divertiu horrores, acho que é a minha sugestão principal entre as quatro produções que estou citando.


Quarto colocado, ou sétimo no ranking: Monstros vs Aliens


Colocação? Sessão da tarde. É legalzinho, mas não tem nada de diferente que faça dele uma grande animação. Os personagens são fofos, engraçadinhos e salvam o mundo, mas acaba por aí. Isso é horrível, mas se alguém tiver outra opinião, me diga, porque meu vício Disneyês sempre me deixa confusa e me faz achar todo o resto, resto.

Mas levem a criançada, elas vão gostar. Talvez apenas seja uma produção infantil, não infantil/juvenil/adulto como estão sendo todas.



Bom, estão aí algumas dicas. Claro que o lado pessoal sempre ajuda e minha paixão por filmes nacionais auxilia na “puxação de sardinha” para o lado de Divã, mas o filme realmente é bom e vamos lá, minha gente, é tão melhor ver coisas que estão mais próximas de nós. Por mais distante que estejam não é todo dia que o Hugh Jackman vem ao Brasil fazer o lançamento de um filme, já a Lília Cabral, dá para encontrar na rua, quem sabe.